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sexta-feira, 12 de março de 2010

CARTA AMBIENTAL

Carta escrita para a duas escolas de Pontal do Sul – Pr (litoral) e com o mesmo teor ao Prefeito de Pontal do Paraná – responsável por Pontal do Sul – Pr, iniciativa dos alunos da 3ª série A no segundo semestre de 2009.






Curitiba, 06 de julho de 2009.






Prezado Prefeito de Pontal Do Paraná






Bom dia caro Prefeito, somos alunos da 3ª série A, do Centro De Educação Integral Francisco Klemtz, nossas idades variam de 8 à 10 anos, moramos em Curitiba e gostamos muito de passar nossas férias nas praias do Paraná. E por gostarmos tanto de praia, ficamos muito tristes de ver tanto lixo nela.


Um dia quando fomos caminhar na areia, ficamos desapontados de ver garrafas plásticas e de vidro, tampinhas, sacolas, potes, pneus, pregos enferrujados, cacos de vidro, pedaços de pau e ferro, pés de chinelo, latas, até seringas poluindo, ofertando perigo e enfeando a praia.


Aqui em Curitiba a prefeitura oferece aos alunos uma miniconferência de biodiversidade, onde nos ensina como conservar a cidade limpa e como reciclar o lixo. O projeto Ler e Pensar aplicado por nossa professora nos ajuda a pensar e observar melhor tudo o que acontece com o meio ambiente, nos dá mais clareza e criticidade para reivindicar nossos direitos diante à sociedade.


Vendo uns cartazes do Projeto Tamar na escola, observamos que todo o lixo jogado na praia acaba prejudicando a natureza, porque eles demoram a se decompor, e antes disso os animais confundem estes objetos com comida e acabam morrendo, provocando um desequilíbrio ambiental.


Aprendemos na escola que filhotinhos de Albatroz morrem quando são alimentados pelas suas mães que confundem tampinhas de garrafas plásticas com comida. Golfinhos têm o mesmo fim. E as tartarugas, já raras, confundem sacolas com seu alimento preferido: águas vivas, e morrem enroscadas ou engasgadas.


Não precisa ser criança para saber que o mar é a casa dos animais e plantas aquáticas, todos sabem, e por isso é necessário conscientizar as pessoas para não poluir e nem transformar a praia em um aterro sanitário.


É necessário que as pessoas criem o hábito de jogar o seu lixo pessoal nos lugares devidos, ou seja, nas lixeiras. E este hábito acontece através da educação, da iniciativa das escolas em preservar os seus bens, a sua morada. Os eleitores devem exigir da prefeitura lixeiras na praia, e recolhimento deste, pois de nada adianta juntar o lixo e deixá-lo amontoado na restinga. A prefeitura de Pontal pode alertar o prefeito de Paranaguá quanto ao lixo despejado no mar pelos navios que vem de toda parte do mundo, multas altíssimas a quem despeja lixo mar daria e geraria muitos empregos de garis para conservar a limpeza da praia.


As pessoas hão de convir que ninguém em sã consciência despeja lixo e esgoto em sua sala de estar, ou no seu escritório ou na própria cama, e porque então jogar no mar, rios e cidades? O mundo não é nosso lar? Não vivemos sós, outros seres vivem conosco e dependem de nossa inteligência para sobreviver. Somos egoístas, gananciosos e esquecemos que sem eles também deixamos de existir.


De início a prefeitura poderia educar as pessoas com placas e cartazes de conscientização ambiental.


Outra coisa que nos deixaram muito tristes foi ver muitos filhotes de peixes mortos na areia, devido os pescadores tecerem tarrafas com a malha muito fina que além de pegarem os peixes grandes, acabam pegando os peixinhos. Mas o que nos penalizou mais foi ver que os pescadores aproveitam só os peixes grandes, os menores são frequentemente abandonados e acabam morrendo, às vezes são enterrados na areia. Vendo tudo isso, ficamos pensando: “Se os filhotes de peixe morrem na areia quando a rede é retirada do mar, como ficará os pescadores amanhã?”


Conversamos e refletimos junto a professora sobre isso e descobrimos que se os pescadores pescarem os filhotinhos de peixe e deixá-los morrer na areia como vem acontecendo, eles não vão crescer e deixaram de alimentar as próprias famílias de pescadores, além de outros animais que vivem deste alimento, provocando inclusive ataques de tubarões as pessoas na beira da praia, como já ocorre no nordeste do Brasil.


Observando tudo isso, pensamos em algumas soluções para evitar a sujeira na praia e também a morte de animais e a pesca predatória dos filhotes de peixes. Idealizamos e com o auxílio de nossa professora conseguimos elaborar esta carta para que as autoridades nos ouvissem, já que somos os futuros eleitores. Nossa carta foi baseada primeiramente na carta compromisso com o meio ambiente que elaboramos no início do ano, nos comprometendo a preservar e defender a natureza, mas só o falar não é o bastante, então agimos de modo coletivo para ver as melhorias na qualidade de vida.


Passamos a juntar o lixo da escola na hora do recreio por vontade própria, baseado nas atividades educativas da professora e da consciência que ela nos despertou. Seguimos o exemplo dela e de sua família que juntaram o lixo da praia, por amor a natureza e aos animais.


Então com base em tudo que aprendemos com a prefeitura de Curitiba, tivemos algumas idéias para, que o senhor prefeito de Pontal do Paraná, as escolas e nós como seres humanos, possamos cuidar das nossas belas praias.


Sugerimos que as escolas façam uma competição com os alunos, uma gincana, um mutirão de limpeza uma vez por semestre, aos professores e alunos o Senhor Prefeito pode dar palestras sobre educação ambiental, vida sustentável, aproveitamento e reciclagem de lixo.


O Senhor Prefeito deve exigir um projeto ambiental e de natureza sustentável à Universidade Federal do Paraná – UFPR, para que estes façam palestras para os pescadores, sobre a importância de conservar a praia limpa e também de pescar com consciência ecológica, instruções para eles poderem tecer redes com malhas mais grossas sempre pensando no alimento de amanhã, é para isso que serve uma universidade, coloquem os estudantes para trabalhar, isso é ótimo para desenvolver segurança e domínio da oralidade, bem como exercitar as capacidades mentais e competentes do ser humano, desenvolver o amor ao seu curso e principalmente à natureza e a cidade que os recebe de braços abertos, é também uma maneira prática de entrar no mercado de trabalho. Mais do que a consciência teórica é necessária a prática, a ação.


A Prefeitura deve doar possíveis prêmios para as escolas e turmas que coletarem mais lixo, como computadores para as escolas e passeios para os alunos, até cestas básicas seria uma forma inteligente de incentivo.


Para finalizar gostaríamos de dizer que se estamos escrevendo essa carta é porque despertamos para o futuro do nosso planeta, porque amamos a natureza, a praia, os animais e as pessoas. Sugerimos apenas algumas idéias aqui, nesta simples carta, para ajudar a alertar alunos, escola e o senhor prefeito, para que cuidem melhor do nosso patrimônio, pois não conhecemos outro lar melhor que a nossa Terra.






Um grande abraço da turma da 3ª A.

Um comentário:

  1. Parabéns pelo trabalho com as crianças,quem sabe assim no futuro o mundo tera adultos mais conscientes, é isso ai,temos que cuidar do nosso planeta,da natureza dos animais.

    curitiba,26 de março 2010
    Luci

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